Juros do amor

Sabe aquele beijo que me deu dia dez?
Acho que dá pra te devolver dia vinte.

Daqui a um mês, quero de volta seu sorriso aberto.
Quanto te pagarei para ter você por perto?

Sabe o valor de tuas palavras amigas?
Ficarei me lembrando delas,
até que o valor me digas.
Enquanto isso, vão rendendo…
— Qual valor?

E neste ínterim,
vou seguindo,
apostando no nosso amor.

Até o quinto dia da minha saudade,
devo ir ao encontro de seus abraços,
irei feliz, voando até sua cidade.

Espero que a inflação do cotidiano
não esteja o nosso amor descapitalizando.
Que esteja rendendo juros,
todo este tempo te amando.

Quando não for possível
que eu te veja e te beije,
te pagarei o juro cabível.

Quando me pagarás aquela noite,
que espero caminharmos juntos,
de mãos dadas,
numa alameda de árvores e flores…?

Por que te fores?

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Olá, eu sou a Suely Alencar

Professora e Escritora

Sou Suely Alencar Ximenes, escritora desde os 13 anos, apaixonada por poesia e pela imaginação que me acompanha ao longo da vida.

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