Sabe aquele beijo que me deu dia dez?
Acho que dá pra te devolver dia vinte.
Daqui a um mês, quero de volta seu sorriso aberto.
Quanto te pagarei para ter você por perto?
Sabe o valor de tuas palavras amigas?
Ficarei me lembrando delas,
até que o valor me digas.
Enquanto isso, vão rendendo…
— Qual valor?
E neste ínterim,
vou seguindo,
apostando no nosso amor.
Até o quinto dia da minha saudade,
devo ir ao encontro de seus abraços,
irei feliz, voando até sua cidade.
Espero que a inflação do cotidiano
não esteja o nosso amor descapitalizando.
Que esteja rendendo juros,
todo este tempo te amando.
Quando não for possível
que eu te veja e te beije,
te pagarei o juro cabível.
Quando me pagarás aquela noite,
que espero caminharmos juntos,
de mãos dadas,
numa alameda de árvores e flores…?
Por que te fores?