Era uma vez uma menininha,
Que era bem branquinha,
Mas não era sardentinha,
Os olhinhos pareciam jabuticabinhas.

Que tinha muitas amiguinhas,
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Vem ficar aqui pertim,
Para ficar bem quentim.
Até que a chuva tenha molhado a terra tudim,
Vamos ficar neste telhadim,
Olhando o jardim, abraçadim.
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Owen, quero que saiba que te amo,
Desde o comecinho da sua vida!
Desde que você estava ainda,
Na barriga de sua mãe,
Annie querida!
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Alice, como amo você!
Antes mesmo de você nascer,
E do seu rostinho eu conhecer.

Você só tem dois meses de vida,
És ainda pequenina,
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Comer bolinho de chuva,
Quando faz frio lá fora.
Colher e comer amora.
Subir no pé de manga,
Acreditar que a mãe nunca vai embora.
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Hoje acordei,
Como se minha mãe tivesse morrido.
Me senti tão solitária,
Como se ainda quisesse um marido.

Estou tentando dançar um pouco,
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Na venda do seu Ribamar,
Quase de tudo podia se achar.

Tinha ramona e brilhantina
Para ficar bonita os cabelos da menina.
Tinha peças de bicicleta,
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Querida amiga,
Me desculpe pela minha tristeza
E pela minha falta de certeza.

Por não ter perguntado mais de você,
Por não ter ouvido de como anda sua vida.
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Caixa de sabão,
Caixa de coleção,
Caixa de papelão,
Caixa para embalar o presentão.
Caixa para mudança,
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Hoje quero te escrever com a caneta roxa,
Mas estou muito triste!
Pôxa!

Hoje te escrevo com a cor lilás,
Porque não sei o que a gente faz.
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Você troca uma bala de aniz
Por um banho de chafariz?

Você troca uma borboleta voando,
Por uma lebre tricotando?

Você troca um sanduíche,
…

O que podemos descobrir em uma biblioteca?
Livro que fala de uma menina sapeca,
De suas alegrias e de sua boneca.
Ou de um menino,
Que procurava sua meleca.
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